quarta-feira, 15 de junho de 2011

A história do Brigadeiro






Era uma vez um militar, que virou um político e depois doce. Essa é a história do brigadeiro. Um docinho de autoria desconhecida que foi batizado em 1945, durante a campanha do brigadeiro Eduardo Gomes, pelas eleições presidenciais.

O carismático militar tinha várias correligionárias em São Paulo e no Rio de Janeiro. Essas mulheres produziam e distribuíam a delícia nas festas partidárias, como sendo “o preferido do Brigadeiro” e dessa forma, contribuíam para a campanha e popularização do candidato.
Não deu certo para o Brigadeiro, que perdeu a eleição para o general Eurico Dutra, mas o docinho teve um final feliz: ganhou o nome da condecoração do candidato e tornou-se o preferido das crianças de todas as idades.

Versatilidade

Na época o brigadeiro era feito à base de leite, ovos, manteiga, açúcar e chocolate. Com a chegada de novos produtos ao país, esses itens perderam espaço para o tradicional leite condensado e chocolate derretido.
As inovações não pararam aí. Hoje existem receitas que incluem do prático microondas, até os mais inusitados ingredientes como menta, café, avelã, pistache, gengibre, cachaça, crispis entre outros. Além das surpresas no sabor, o quitute também ganhou roupagem, podendo ser apresentado em forminhas personalizadas, copinhos decorados e até na colher, para comer sem cerimônia.
 Juliana Motter, autora de “O Livro do Brigadeiro”, justifica esses detalhes dizendo que “o brigadeiro deve ter uma apresentação, que o permita circular com desenvoltura em qualquer ambiente”. Dessa forma a iguaria vem conquistando territórios e fazendo do que já era bom, uma maravilha gourmet!

Pâtisserie

O sucesso nas lojas de doce é inegável. No exterior, a textura macia e fininha que lembra as trufas francesas, lhe rendeu a fama de trufa brasileira. Aqui no Brasil, tornou-se referência para festas de gente grande, disputando a mesa do Buffet, com os mais finos doces.
Em Goiânia, as confeitarias investem pesado em instrumentos e na receita, como é o caso da Confeit’art. A confeitaria possui utensílios exclusivos para o brigadeiro, como fogão a gás, colher de plástico (exigência da vigilância sanitária) e panelas de alumínio.
“Não é qualquer um que sabe fazer o brigadeiro gourmet”, informa a proprietária Tânia Ribeiro. “O segredo está no ponto, na massa e na refrigeração. Além disso, faço questão da qualidade dos ingredientes, porque são eles que o tornam nobre. Uso chocolate belga, manteiga com 80% de lipídio e um granulado mais high tech”, acrescenta.

Degustação

É consenso que o tempo em que o brigadeiro estava fadado às festinhas de criança acabou. Mas comer brigadeiro é praticamente uma viagem à infância. Para os não tão pequenos assim, a autora Juliana deixa a seguinte dica: “Ainda que não seja muito doce, o brigadeiro é feito com leite condensado, então o ideal é que seja servido com bebidas também doces, desde que os sabores não se sobreponham”.
Para quem prefere que o brigadeiro tenha um final feliz na cozinha de sua casa, Tânia entrega a receita de um tradicional que não vai dar tempo de ser enrolado! Confira:     

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Autor Lilian Schineider | Contato lischineider@hotmail.com - almeida.lilian@hotmail.com | @LiSchineider